quarta-feira, 28 de julho de 2010

Sobre títulos e cores


Influenciada por uma palestra, descobri que o simples fato de dar título é uma ótima maneira de interpretar. Dar título é pensar sobre, é ler nas entrelinhas, é colocar sentido, é dar um significado, além de ser uma deliciosa brincadeira.
Dar título ao que já possui título: filmes, livros, textos, quadros, esculturas, fotografias, músicas...
Dar título ao que não tem título: as cidades, as pessoas, ao mundo, as situações, as sensações, as expressões, ao seu dia, a sua vida...
Pode parecer fácil, óbvio, mas não é, exige esforço, é um exercício.
O palestrante soltou a seguinte frase:
"Na velha casa que abandonei, os ipês florescem."
A frase é linda e profunda, que título dar a ela?
Tenho o costume, e porque não dizer, o prazer, de dar cor as coisas, por exemplo: meu dia hoje foi prata, por "n" motivos, e por que prata? Porque ao pensar em tudo o que fiz hoje e tudo o que me aconteceu hoje, a primeira cor que me vem a cabeça é a cor prata, abstrato demais?
Se buscarmos o significado da cor prata veremos que está associada à introspecção, aos desejos conscientes, à novidade, à inovação...
Combina com meu dia. Não gosto de ver o significado das cores para não sofrer a influencia dele, busquei hoje só para ilustrar meus pensamentos. Essa brincadeira que faço ficou mais interessante agora que posso pensar em um título.
Se eu narrar meu dia, cada pessoa dará um título diferente a ele, essa é a graça dos títulos, é a interpretação, o significado dele para cada um.
O título do meu dia hoje leva as marcas e impressões que tive.

"Abraços, descoberta e reencontros"

"Lei do destino: que todos se aprendam"
(Holderlin)

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